Black Sabbath – Sabotage e Born Again | Falando Sirius| Aliança Intergaláctica

 
Falando Sirius especial com a review escrita pelo meu camarada Wish:

“Os livros “Sabotage: Black Sabbath in the Seventies” e “Born Again: Black Sabbath in the Eighties and Nineties”, escritos por Martin Popoff, oferecem uma análise do Black Sabbath em diferentes períodos de sua carreira. Ao longo dessas obras, Popoff mergulha na história, na música e nas circunstâncias que moldaram o som e a influência do Black Sabbath em duas fases distintas.

Em “Sabotage”, Popoff conduz os leitores por uma jornada pelos anos 60 e 70, cobrindo os oito primeiros álbuns de estúdio do Black Sabbath, gravados pela formação original da banda: Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi na guitarra, Geezer Butler no baixo e Bill Ward na bateria. O autor não apenas oferece uma narrativa cronológica dos eventos que moldaram a banda durante esse período, mas também mergulha nas letras, nas composições e nas influências que permearam a música da banda.

Em contraste, “Born Again” mergulha nos anos 80 e 90, uma época tumultuada para o Black Sabbath que viu mudanças significativas na formação da banda e experimentações sonoras. A parte mais visível dessas mudanças é exemplificada pela quantidade de vocalistas que participaram de gravações em estúdio e caracterizam o que se poderia chamar de diferentes “fases” da banda pós-Ozzy Osbourne: Ronnie James Dio, Ian Gillan, Glenn Hughes e Tony Martin. Nos instrumentos, quer dizer, no baixo e na bateria, já que o guitarrista Tony Iommi sempre foi a presença constante que manteve a continuidade do Black Sabbath, as substituições foram ainda mais frequentes, mas os dois únicos músicos que, a meu ver, fizeram alguma diferença no som da banda foram o baterista Cozy Powell e o tecladista Geoff Nichols.

Os livros são duas grandes obras de coleta e colagem de entrevistas, principalmente, mas não só com membros da banda, nas quais abordam-se principalmente o processo de composição e gravação dos álbuns, os significados, os contextos das letras de cada música, curiosidades aqui e ali, como foram as turnês e a reação do público e da mídia. O texto do próprio Popoff serve, basicamente, para ligar um trecho ao outro, no que é muito bem-sucedido, pois a leitura flui muito bem e, mesmo que já se saiba como tudo termina, não é uma leitura que se largue fácil.

O ponto alto dos livros é a análise música a música: ele conseguiu encontrar declarações sobre todas as músicas, teve a manha de achar algo que foi dito, até mesmo sobre as mais desconhecidas delas, sobre seu significado ou como foram compostas ou o que este ou aquele membro da banda achou dela. Curiosamente, a parte mais fraca do livro também é essa, quando ele tenta descrever como cada música, como cada músico e instrumento soa, usando adjetivos que me parecem ser ora exagerados, ora repetitivos, geralmente sem relação alguma com o que eu acho da música. Enfim, podia-se passar muito bem sem essas descrições das músicas.

E como Popoff não se dá ao trabalho, ou ao desgaste, já que parece ter uma relação muito boa com boa parte das pessoas que ele entrevistou ou que aparecem na narrativa, de fornecer interpretações sobre o que dizem, exponho-me eu. Não acho que o Black Sabbath se resuma à formação original, mas é inegável que era ela que tinha o “jeito” Black Sabbath de compor as canções típicas da banda: longas jams em que riffs surgiam, melodias cantaroladas e então letras compostas. Era assim que a formação original, quatro caras que se conheceram moleques e cresceram tocando juntos, fazia as coisas e elas funcionavam.

Depois da saída de Ozzy esse jeito de fazer música acabou. Dio, Ian Gillan (os dois vocalistas mais importantes depois de Ozzy) e Tony Martin (o que mais durou) vinham com letras prontas, e o lendário baterista Cozy Powell, talvez o único músico que não era da formação original que realmente contribuiu para uma sonoridade diferente do Black Sabbath (nos álbuns Headless Cross e Tyr), detestava jams, preferindo ir para o estúdio para gravar sua parte em no máximo duas tomadas e ponto final. Além disso, e pelo que se depreende das entrevistas, os outros músicos que passaram pela banda, e não foram poucos, raramente eram mais do que contratados e, como Tony Martin diz algumas vezes, nunca sabiam se eram membros efetivos dela, se iriam ficar ali por muito tempo ou se seriam dispensados sem mais nem menos. Enfim, dá para concluir que o Black Sabbath, depois da tentativa frustrada de substituir Ozzy por Dio, passou a ser o nome da banda solo de Tony Iommi, um nome forte demais para ser abandonado, para o bem e para o mal.

E como eu disse que Popoff não se deu ao trabalho ou ao desgaste de formar juízos e emitir opiniões, faço-o eu sobre três personagens desse livro. Dio diminui de tamanho a cada uma das entrevistas, esmagado pelo peso da soberba e condescendência, ao passo que Bill Ward se torna um ser humano gigantesco, um cara que amava aquele grupo de amigos mais que tudo, sucumbiu à fragmentação da banda e nunca mais se recuperou disso.

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